Estufim para as hortículas mimosas

Nunca consigo ter hortículas mimosas que não resistam ao frio, no Inverno. As alfaces incluem-se nesse grupo. 

Este ano tive finalmente a sorte de encontrar um estufim à venda na Agriloja, que me pareceu relativamente resistente e de preço acessível. 

180x120 cm são dimensões bastante razoáveis, que já permitem cultivar alguma quantidade de, por exemplo, alfaces.

Pois pus mãos à obra! Tinha semeado há pouco tempo em cuvetes, umas variedades novas de alfaces e decidi mudá-las para um canteiro e colocar o estufim por cima.

Em seguida, fixei com os arames que vinham na embalagem, mas para reforçar, coloquei uns tijolos nas bordas do plástico para o vento não destruir tudo.

Na semana seguinte, reforcei com mais alguns grampos de fixar relva artificial que cravei na terra, apanhando as argolas existentes nos cantos do estufim.

Até agora, tem estado tudo bem. É interessante ver a quantidade de água que se condensa por dentro do plástico, quando o dia cai e arrefece. Parece mesmo estar a resultar. Entretanto, as alfaces no final da primeira semana, já pareciam estar pegadas.

Vamos ver se chegam a bom porto...

Estufim Progarden (180x120 cm) com abertura e perciana

Estufim Progarden

Alfaces plantadas antes de colocar o estufim em cima.

Estufins improvisados

Com a chegada do frio, muitos vegetais ressentem-se e deixam de crescer com a rapidez que gostaríamos. É o caso das alfaces. Gostam de temperaturas amenas para se desenvolverem bem. 

Tinha plantado algumas alfaces no início de Outubro, no canteiro onde também estão cebolas do cedo (temporãs). As alfaces e as cebolas dão-se muito bem, perto umas das outras. Como havia algumas falhas nas cebolas, plantei nesses espaços.

O frio chegou e começaram a sofrer. Decidi experimentar fazer uns estufins com garrafões de água vazios, aos quais cortei o fundo com uma faca afiada.

Depois, foi só espetar uma vara ao lado de cada alface e enfiar o garrafão, tendo o cuidado de não danificar a alface.

Quando a noite começa a cair, aparecem pequenas gotas de condensação no interior, denotando a diferença de temperatura entre o interior e o exterior do garrafão.

Espero que elas gostem e cresçam bem!

Estufins improvisados com garrafões de água para as alfaces (início de Novembro)

Estufim improvisado para alface

Alfaces e cebolas, convivem muito bem em proximidade (alfaces plantadas no início de Outubro)

Ervilhas "Doces de Provença"

Este ano, resolvi semear ervilhas anãs em final de Setembro, com o fito de ter ainda uma colheita antes do Inverno.

O facto é que em meados de Outubro, já tinham flôr!

Este fim-de-semana ainda não estavam boas para colher.

Gosto de semear estas ervilhas, pois não necessitam de estacas de sustentação. Semeadas em carreiras com intervalos que dê para pôr o pé e as poder mondar, favorece também o desenvolvimento sem doenças, pois permite o arejamento das plantas. Semeio sempre em carreiras orientadas Norte/Sul, a direcção do vento predominante, também para facilitar o arejo das plantas.

Agora é altura de semear, para a colheita do início da Primavera. As favas já estão semeadas no canteiro desde há 1 semana!

Ervilhas  "Doces de Provença" em flôr

Repolhos de couve roxa

Os repolhos de couve roxa, começaram a fazer as delícias à mesa desde meio de Outubro. Alguns começaram a estalar e comecei a usá-los nos cozinhados e nas saladas com frequência. Ficam lindos na horta! O truque é plantar poucas plantas de cada vez, em intervalos de tempo de cerca de 1 mês para termos sempre para apanhar.

Frescos, cortados fino numa salada, ficam deliciosos!

Repolhos de couve roxa

Repolho de couve roxa a começar a estalar

Fim-de-semana de Outono nas sementeiras

No início do Outono, é tempo de voltar aos trabalhos na horta.

A preparação das sementeiras de cebolinhas de Primavera é feita a partir do final de Agosto e até o tempo estar ameno. Em Setembro semeei o primeiro travesseiro (que já nasceu entretanto). Como estas cebolinhas são óptimas nas saladas e em outras preparações culinárias, achei que um só travesseiro era pouco e voltei a semear mais um, em final de Outubro. Desta vez, pus um pouco de areia por cima da semente, por conselho de uma vizinha, que diz que "o cebolo gosta assim". O certo é que já nasceu e melhor que o primeiro.

Esse fim-de-semana foi das sementeiras!

Como os ratos abundam na horta e comem as beterrabas, desta vez vou tentar enganá-los e preparei também 2 travesseiros compridos com terra de compostagem, para deixar nascer as ervas, antes de transplantar beterrabas e assim lhes trocar as voltas!

Noutro grupo de recipientes, semeei as beterrabas em cuvetes, alfaces, couve chinesa Granat e bróculo Romanesco. Num vaso cebolinho e em tabuleiros semeei cebolas Babosa (do cedo), roxa Morada de Amposta, e Branca de Lisboa. Finalmente, também um tabuleiro com flores!... Já um pouco tarde mas já estão a nascer (amores perfeitos, goivos e calêndulas).

Cebolinhas de Primavera ao fundo

Cebolinhas de Primavera - sementeira

Travesseiros compridos preparados para as beterrabas (à direita)

Sementeiras

A colheita das nozes

De Setembro a Outubro, as nozes começam a cair das nogueiras. Mais cedo ou mais tarde, consoante a variedade. É muito bonito ver esta evolução. A casca e a polpa do fruto da nogueira começam a estalar, retraem-se e deixam ver a noz que entretanto, liberta, cai. Depois, é só apanhar e secar ao sol. Se esquecemos alguma, com grande probabilidade irá germinar e nascer uma pequena nogueira.

Um chuvada ajuda a abrirem e caírem mais depressa.

Há que ter algum cuidado para as mãos não ficarem pintadas com os sucos dos frutos. Aconselho vivamente o uso de luvas...

Fruto da nogueira quando inicia o processo que culmina com a libertação da noz.

Noz ainda agarrada ao fruto, quase a cair.

Nozes caídas da árvore, no chão. A chuva ajudou.

Cebolinho chinês (Allium tuberosum)

Este ano, adquiri este vaso de alho aromático que surpreendentemente, veio dar uma contribuição enorme nos cozinhados. 

O alho aromático, ou cebolinho chinês (Allium tuberosum ou A. ramosum, de acordo com os a.a.), é um parente muito próximo do cebolinho, da cebola e do alho. Pertencem todos ao mesmo género Allium, Família Alliaceae.

A planta é oriunda da Ásia, onde é muito usada na culinária.

É uma planta bolbosa, com folhas verdes estreitas, compridas e achatadas, que podem atingir os 70 cm, com sabor mais próximo do alho do que do cebolinho, mas não tão intenso.

As folhas são usadas como tempero em saladas, omeletes, massas e outros pratos.

Semeia-se na Primavera e no Outono, gostando de meia sombra, sem sol directo. Prefere solo húmido, mas não encharcado e não resiste ao frio, nem à geada. Deve-se cortar com tesoura  e o corte regular, tal como com o cebolinho, estimula o crescimento da planta.

Cebolinho chinês (Allium tuberosum)

Mentha x piperita "Chocolate" (Hortelã Chocolate)

As plantas do género Mentha, têm grande facilidade em formar híbridos. Do cruzamento entre a Mentha aquatica e a Mentha spicata surge a Mentha x piperita, vulgo hortelã-pimenta.

Existem vários cultivares desta planta um deles, a Mentha x piperita "Chocolate".

Já tinha ouvido falar dela e finalmente encontrei à venda.
Comprei logo um exemplar. Mudei para um vaso maior e coloquei em meia sombra. Adorou o sítio e está a desenvolver-se muito bem. As folhas ficaram um pouco mais escuras e os caules também.

Esta Mentha tem um cheiro e sabor completamente diferente da hortelã-pimenta. Parece mesmo chocolate "After-eight". Uma delícia! Usada em sobremesas e sumos, fica excelente!

Propaga-se por rizomas, não se devendo usar a semente para esse fim, pois se houver outras plantas do género Mentha por perto, certo é que sairão híbridos!

Mentha x piperita "Chocolate" (Hortelã Chocolate)

Mentha x piperita "Chocolate" (Hortelã Chocolate)

Couve roxa

A couve roxa é uma variedade de repolho muito usada em saladas, cortada fininha, tem um sabor um pouco picante e de côr muito agradável. Já fiz também cozida em leite e em sopa e ficam excelentes.
No ano passado a plantação não tinha sido bem sucedida, pois não formou repolho. Desta vez, parece que estão a gostar das condições. Plantadas em Junho, já estão a começar a formar cabeça.

Couve roxa a formar repolho

Couve roxa (as mesmas plantas estavam assim em Julho)

Abóboras: quando apanhar

As abóboras que nasceram pelo quintal ficaram bem grandes. A maioria, resultou de hibridação entre as várias variedades que tenho por hábito cultivar. Estas, parecem-me um cruzamento entre courgette e abóbora porqueira, tendo em atenção o porte e conformação que a planta foi adquirindo e os frutos.
Falta pouco para a colheita! Os pés das abóboras ainda estão verdes, por isso vou deixar mais uns dias. Quando estiverem secos, é a altura certa.

Afinal a colheita total até se está a compôr, mas mantenho: devem ficar bem afastadas, para produzir algo que se veja!

Abóboras quase boas para apanhar

Setembro: plantar couves para o Inverno

Este mês, plantei as couves para o Inverno. Preparar o terreno, cavar e retirar as ervas, juntar guano e terra de compostagem e finalmente, plantar as couves. Um talhão cada fim-de-semana e já estão todas. Comprando as plantas nos hortos é mais rápido, para quem não tem muito tempo disponível.
Plantei couve lombarda, couve roxa, couve coração de boi, couve bacalã, couve de brócolos e couve flor.
Entretanto, como não há à venda plantas, semeei couve de bróculo Romanesco e couve chinesa Granat.
Essas ainda estão muito pequenas para transplantar.

Preparar terreno para plantar couves

Preparar terreno para plantar couves

Couves compradas no horto para plantar

Canteiro de couves transplantadas há uma semana

Nogueira (Juglans regia)

A nogueira (Juglans regia) é uma planta da família Juglandaceae e da Ordem Fagales ou seja a mesma da faia, do vidoeiro, do castanheiro e do carvalho.
É uma árvore de folha caduca, originária do Sudoeste Asiático e Mediterrâneo Oriental. Foi trazida para a península pelos romanos e adaptou-se muito bem. De copa larga, pode atingir uma altura de 30 metros.
Dela se colhem as nozes que são nada mais que as sementes, através das quais se reproduz.
A madeira tem um elevado valor comercial.

Nesta altura do ano, os frutos estão quase a amadurecer e a abrir para libertar a noz. Este vai ser um bom ano de produção. É altura de cortar as ervas debaixo das nogueiras para facilitar a visualização dos frutos e das nozes que vão caindo no chão. Os esquilos não tardarão a aparecer para se deliciarem com este pitéu!

Nogueira (Juglans regia) - frutos

Nogueira (Juglans regia) - frutos

Aneto ou endro (Anethum graveolens)

O aneto ou endro (Anethum graveolens) é uma erva aromática da Família Apiaceae (Umbelliferae) a mesma da salsa, da cenoura, dos coentros, do funcho, do aipo e de outras plantas, umas comestíveis, outras altamente venenosas.

Tem um sabor inconfundível e quando pequena, lembra o funcho. É muito usada para aromatizar salmão, batatas, saladas, sopas e pickles, nomeadamente de pepino. Os países onde é mais usado são a Noruega, a Suécia, a Finlândia, a Polónia, a Alemanha, a Rússia, a Ucrânia, a Bulgária e na Ásia Central.

As suas folhas delicadas podem ser usadas verdes ou secas. Deve ser usado fresco, pois perde o sabor rapidamente, se cozinhado. As sementes são usadas como especiaria e têm um aroma semelhante a cominhos. 

Prefere zonas expostas ao Sol. Atrai muitos insectos bons para algumas plantas e é um bom companheiro na horta para os pepinos, mas não para os tomates e as cenouras.

(fonte Wikipedia)

Encontrei sementes à venda no Leroy Merlin e comprei logo para semear na horta. Já tinha experimentado fresco num desses países e adorado o sabor, mas nunca tinha encontrado sementes para cultivo.

A coisa correu bem e já pude experimentar em vários pratos. É de facto excelente! De notar que com o calor que tem estado, rapidamente dá uma haste floral na ponta que eu tenho cortado (na tentativa de manter a planta mais tempo). Entretanto, já semeei mais um canteiro pequeno, para não parar o fornecimento à cozinha...Estamos fãs...

Aneto ou endro (Anethum graveolens)

Aneto ou endro (Anethum graveolens)

Pêras no pomar

Este ano, é ano de pêras e maçãs. As árvores estão carregadas de fruta. A pêra Rocha não falta no quintal e já a provei. Como não trato a fruta com pesticidas, lá vai aparecendo algum bicho. No entanto, tenho-me deliciado a apanhá-las e a comê-las directamente da árvore. Realmente, o sabor é diferente, para melhor!

Esta pêra é um ex libris português, com origem em Sintra e actualmente produzida em grandes quantidades no Oeste. É mais um cartão de visita de excelente qualidade no exterior.

Pêra Rocha

Tenho outra variedade de pêra, que têm a casca parda, mas não sei qual o nome. O que é facto, é que é também deliciosa e já está boa para comer! Lembro-me de em criança dizerem que ajudava à polinização da pêra Rocha e por isso há tantas no pomar...

Pêra de casca parda

Congelar pimentos para o Inverno

Este ano, os pimentos estão a produzir bem. É a primeira vez que tenho dos amarelos e não ficam nada mal na horta! A produção excedentária vai para a arca frigorífica, depois de lavada, mas sem abrir os frutos. Assim é garantia de não transmitir cheiro a pimento à arca. Durante o ano, podem-se ir consumindo, até para grelhar!

Já cheguei à conclusão que não são necessários muitos pés, para um consumo normal de 2 ou 3 pessoas. Há que racionalizar. Cada vez mais restrinjo as quantidades de cada vegetal na horta, de modo a ter sempre fartura, mas sem estragar.

Descobrir as abóboras na horta

Adoro o aspecto das abóboras na horta e depois vê-las armazenadas todas juntas num colorido caloroso e apelativo!
Há cerca de 2 semanas tinham este aspecto lindo e era descobri-las por entre a folhagem!
Já colhi algumas. As que foram ficando com o pé do fruto seco. E depois é colocá-las em lugar seco, para se conservarem até ao final do Inverno, de acordo com as suas características.

Abóboras menina e porqueira

Abóboras rouge vif 'Étampes

Abóboras menina e híbrido de butternut e menina ao centro

Sabugueiro (Sambucus nigra L.)

Há algum tempo, detectei um sabugueiro no quintal que nasceu de alguma semente caída.

São conhecidas as suas propriedades medicinais desde a antiguidade. No entanto, após alguma investigação, fiquei surpreendida com o que descobri.

Existem várias espécies, mas a nativa na nossa região é o sabugueiro da espécie Sambucus nigra L.. Distribuí-se nas zona temperadas da Europa e América do Norte, existindo várias variedades regionais e sub-espécies. É uma árvore de pequeno porte com inúmeros usos medicinais. As flores brancas e as bagas de côr escura são as partes da planta que podem ser usadas em culinária e em utilização medicinal.

No entanto, as folhas, ramos, sementes e raízes das plantas deste género contêm um glicosido que origina cianeto após metabolismo, podendo acumular-se no organismo se ingerido em quantidade suficiente e provocar sinais de toxicidade.

Com as bagas maduras (pele e polpa) não existe esse problema. No entanto, recomenda-se a ingestão após cozedura, para maior segurança.

Já experimentei as bagas e têm um sabor excelente.

Sabugueiro (Sambucus nigra L.) - bagas

Sabugueiro (Sambucus nigra L.) - bagas

Sabugueiro (Sambucus nigra L.) - planta

Repolhos danificados

Em Julho, os repolhos coração de boi estavam lindos. Passado um mês, estavam com este aspecto. Parece que a cabeça de alguns explodiu! E aconteceu em poucos dias!
Provavelmente a evolução normal da planta, juntamente com o calor exagerado e com a rega mais abundante para evitar que sequem, contribuiu para este desfecho. As couves não gostam de calor, nem de água a mais...

Mas nada se perde! Apanhei-os, tirei-lhes as folhas danificadas, cortei o resto em juliana e guardei em sacos próprios na arca congeladora. Assim, podem-se ir consumindo à medida das necessidades, sem estragar nada!

Repolhos coração de boi em Julho

Repolhos coração de boi danificados

Repolhos coração de boi danificados (pormenor)

Flores de Verão

Nesta altura do ano, o jardim fica lindo!

Dálias

Canas índicas, estrelas do Egipto, pelargónios

Hortenses, agapantos

Petúnias à esquerda e ao centro

Murta, sempre-noivas, lobélia

Brincos de princesa, pelargónio, sempre-noivas

"Capar" as abóboras

Não tenho por hábito fazer isto, mas este ano as abóboras também não se têm estado a desenvolver e numa tentativa de ter alguma colheita que dê para os gastos do Inverno, resolvi "capar" alguns caules que tinham abóboras a crescer. 

Na prática, o que fiz foi cortar a ponta do caule 2 ou 3 folhas a seguir à inserção do pé da abóbora, que se vê na primeira imagem.

Este procedimento, tem o objectivo de a planta concentrar toda a sua energia na formação do fruto e não na formação de novos caules e folhas.

Vamos ver se tenho sucesso.

Parece que as abóboras nascediças pelo quintal têm mais frutos e maiores do que as que plantei. Acho que isto se deve ao facto de estarem mais afastadas umas das outras. 

No próximo ano, já decidi que as vou distribuir pela horta e não fazer um canteiro único com elas.

Abóbora em desenvolvimento com a ponta do caule onde se insere cortada

"Capar" as abóboras (antes)

"Capar" as abóboras (depois)