31/07/2013

Feijoeiros de trepar estão doentes

A mesma doença que afectou as courgettes, parece ter também afectado os feijoeiros de trepar. As folhas mais baixas ficaram com manchas acastanhadas como que fazendo figuras geométricas. Continuo sem saber que doença é esta.
Feijão de trepar doente
É uma pena pois já estavam com flôr...

Flôr de feijão de trepar

Curiosamente os feijoeiros rasteiros da variedade rabão que estão mesmo ao lado estão lindos e cheios de flôr. Realmente há variedades que são mais resistentes a algumas doenças do que outras. Quando se compram as sementes, muitas vezes na descrição vem: resistente a X. deve ser este o caso.

Feijão rabão em flôr
Como foram ressemeados, estão desfasados no crescimento e as plantas mais antigas até já têm vagens...

Feijão rabão - vagens

Courgettes doentes

Há 10 dias deparei-me com este aspecto, nas folhas das courgettes. Nunca tinha visto estas alterações. São acastanhadas e parecem queimadas... Não tem aspecto de fungo. Parece-me mais um ataque de vírus... Terão sido os nevoeiros matinais que se fizeram sentir?
Não sei qual a doença, mas apressei-me a cortar as que tinham este aspecto, esperando que a produção de courgettes não seja afectada. É claro que não vou pôr nenhum produto químico.

Folhas de courgette doentes

Os primeiros tomates maduros

Este ano, os tomates ficaram maduros mais cedo. Deve ter sido do calor que se fez sentir há algumas semanas. Estes foram os primeiros, apanhados há 10 dias. Sabor, óptimo. Variedade desconheço, pois comprei as plantas.

Os primeiros tomates maduros (20 de Junho)

Como não estragar as alfaces espigadas

Depois do calor que se fez sentir há 3 semanas, as alfaces não resistiram e espigaram. Tento retardar a evolução, cortando a ponta, para ver se não chegam a dar flôr e ainda as poder consumir em sopa. Quando entram nesta fase, as folhas perdem o seu sabor adocicado e não são agradáveis cruas.


29/07/2013

Beldroegas (Portulaca oleracea)

Nesta altura do ano, as beldroegas (Portulaca oleracea) abundam na horta. É uma planta espontânea, que se expande rapidamente, dada a grande quantidade de sementes, ganhando rapidamente território, às culturas.
Mas afinal nem tudo está perdido. Estas pequenas e suculentas plantas, são comestíveis e ricas em omega 3 e outros nutrientes.

Antigamente eram amplamente consumidas pois não custavam nada. Esse hábito quase se perdeu, à excepção do Alentejo, onde se continuam a fazer pratos típicos com esta iguaria, nomeadamente a sopa de beldroegas. Actualmente o seu consumo está a ser recuperado, em saladas, salteada ou em sopas, particularmente na cozinha gourmet.

Experimentei fazer uma sopa com elas e fiquei espantada. São deliciosas!

Beldroegas (Portulaca oleracea)



24/07/2013

Feijão Borlotto

Os feijões rasteiros da variedade Borlotto que semeei em Maio, já têm vagens compridas e os feijões já se sentem dentro da vagem.
Este ano resolvi fazer uma experiência nova. Antes de as vagens começarem a secar e já com os feijões bem formados, apanhá-las, descascar e guardar o feijão na arca frigorífica para ir gastando ao longo do ano, na sopa. Esse feijão é chamado feijão zarolho (está formado, mas não seco). Nalgumas regiões do país é também chamado feijão de descascar.
As sopas de feijão zarolho ficam deliciosas!!!

Vagens de feijão Borloto

Feijão Borloto (planta)





22/07/2013

As laranjas prometem

Em Junho ainda só havia flôr, agora já há laranjinhas verdes que estão a crescer. Lá para o Natal é quando vão ficar doces para apanhar.
A laranjeira é (Citrus x sinensis) é uma árvore da família das Rutaceae. É fruto do cruzamento feito na antiguidade entre 2 espécies: a cimboa (Citrus maxima) e a tangerina (Citrus reticulata).
Foi trazida da China para a Europa no século XVI pelos portugueses e daí as laranjas serem conhecidas em muitos países da região dos Balcãs, Grécia e Turquia como "portuguesas" (nas respectivas línguas).

flôr de laranjeira

Laranjas verdes

17/07/2013

Poda verde das laranjeiras

Nesta altura do ano, as laranjeiras emitem rebentos novos no tronco. Esses rebentos devem ser retirados para manter a estrutura da árvore apenas com os ramos principais na base. Deste modo não se altera a arquitectura geral e não se retira alimento das outras partes, nomeadamente os frutos que já começam a crescer. É a chamada poda verde.
É muito fácil. Muitos até se tiram bem apenas com a mão, por ainda não terem consistência lenhosa.
No tronco desta laranjeira ainda se podem ver os locais onde foram retirados os que cresceram no ano anterior. Ficou uma ligeira elevação em botão, perfeitamente cicatrizada.

Poda verde das laranjeiras

16/07/2013

Secar orégãos

Os orégãos começaram a dar flôr e há 1 semana apanhei algumas hastes para secar.
Devem-se apanhar no final da manhã para terem maior concentração da substância que lhes dá o aroma.
Cortei as hastes pela base e pendurei dentro de casa, em local escuro, com a flôr virada para baixo. Com o calor que tem estado, este fim-de-semana já estavam quase secos. Resolvi não os apanhar logo, pois as folhas ainda não estavam estaladiças. No próximo sábado é só retirar as folhas e as flores e guardar bem fechado num frasco de vidro.
Deste modo, conseguem-se orégãos secos para o ano inteiro, sem químicos e sem gastar nada!

Orégãos em flôr
Secar orégãos

Tomates

Os tomateiros já têm vários cachos de tomates. Pela evolução, provavelmente no final de Julho já começarão a ficar maduros. Espero que este mês não haja nevoeiros como nos anos anteriores. Penso que essa humidade contribuiu para o aparecimento de míldio nos últimos anos, numa altura em os tomateiros já tinham frutos grandes. Tive que os sulfatar novamente e atrasar a colheita, para respeitar o intervalo de segurança.

Cacho de tomates em formação

15/07/2013

Feijão-de-metro (feijão extra-longo ou feijão-chicote)

O feijão extra-longo ou feijão-de-metro que tinha semeado em cuvetes em Junho fiicou bem grande nas cuvetes e as raizes desenvolveram-se bem, o que é bom sinal para o futuro enraizamento no local definitivo.
Transplantei-os há 1 semana. Plantei grupos de 4 plantas para cada tutor, em 2 fileiras paralelas com o tutor respectivo, para se poderem começar logo a fixar. Não tinha canas, nem possibilidade de as arranjar com rapidez, por isso optei por estas varas de metal envolvidas por plástico. Fica mais caro, mas é mais durável. Amarrei bem as varas entre si, para os ventos não fazerem das suas...
Esta semana ainda não deram sinais de começar a trepar, mas estão com bom aspecto. Estou ansiosa por ver as vagens.

Feijão-de-metro (variedade Bean Yard Long - Metro Rouge) em cuvetes - 5 de Julho

Feijão-de-metro (variedade Bean Yard Long - Metro Rouge) em local definitivo - 6 de Julho

12/07/2013

Maçã Reineta

A maçã (Malus domestica) pertence à família Rosaceae, tal como a pêra, o pêssego, a cereja, os morangos, as ameixas, etc. Existem milhares de cultivares, que foram sendo desenvolvidos.
Estas que estão a crescer no pomar são Reineta, uma variedade antiga oriunda da França.
São óptimas para cozinhar. Em compotas, tartes, bolos, purés, ficam sempre excelentes.
Não tenho por hábito tratar as árvores. Portanto, já sei que os frutos vão ficar com bicho. Se as fôr apanhando da árvore para consumir, mesmo antes de estarem completamente maduras, não ficam muito danificadas. O sabor é apenas um pouco mais ácido, mas cozinhadas não se nota e são incomparavelmente mais saudáveis.

Maçãs Reineta em desenvolvimento

Tomateiros em 15 de Junho

Os meus tomateiros estavam assim, há um mês. Muito verdejantes e cheios de flôr. Notei algumas manchas nas folhas e pulverizei-os com Milraz. A doença não pareceu evoluir.

Agora estão cheios de frutos e muito mais desenvolvidos.

São 4 exemplares de coração de boi de trepar, 4 de redondo rasteiro e 4 de chucha de trepar.

Tomateiros em 15 de Junho

Manchas acastanhadas nas folhas

Flores de tomateiro

Estivação dos caracóis

Os caracóis começaram já o seu processo de "hibernação", que neste caso, ocorre no Verão e por isso é chamado estivação. É um processo que permite protegê-los das condições adversas como o calor e a escassez de humidade. Sobem para locais mais elevados e arejados e reduzem o metabolismo e assim permanecem até às primeiras chuvas do Outono. Estes dois treparam para o topo dos funchos e ficaram coladinhos um ao outro, com um folíolo a servir de suporte. Bem pensado!

Caracóis em estivação nos funchos

Habitante desconhecida da horta

Num final de dia recente, ia a passear distraidamente pela horta e saltou-me ao olhar esta linda prenda pousada cuidadosamente em cima duma alface!
Como é possível! Não há nenhum curso de água próximo. Apenas as regas frequentes das plantas da horta.
Deve gostar de aproveitar as sombras dos repolhos que estão ao lado e das alfaces que estão grandes e viçosas! As cores da rã confundem-se com as das plantas e da terra em redor.
Deixei-a a saborear os últimos raios de luz do dia. Com sorte, ainda apanha algum insecto para o jantar.

Rã na horta (em cima de uma alface)


Congelar courgettes para o Inverno

As courgettes têm dado imensos frutos. Podem-se apanhar mais pequenos, ou maiores. Se se deixarem crescer demasiado, ficam com sementes mais desenvolvidas, obrigando a retirá-las antes de consumir. Agora é aproveitar para repôr os stocks na arca frigorífica para consumir no Inverno. Não dou nenhum tratamento especial. Corto-as apenas em cubos, meto num saco de plástico e congelo. Simples, prático e rápido!


10/07/2013

Morangueiros Albion vs Diamante

Tenho acompanhado a evolução dos morangueiros das variedades Diamante e Albion que plantei em canteiros separados.

Desde cedo, os Albion começaram a emitir guias reprodutivas fazendo prever que a produção de frutos iria ser diminuta. Os Diamante, pelo contrário, não emitiram guias até agora.

A folhagem dos primeiros é muito mais exuberante e para grande surpresa, afinal estão a dar muitos morangos e grandes, com a vantagem de a folhagem os esconder dos melros!
Os Diamante também dão frutos grandes, mas em menor quantidade. A maioria são de médias dimensões, de polpa muito consistente e extremamente doce e saborosa!

Já estou a antever um novo canteiro de Albion lá para o Outono, com os morangueiros que se formem na ponta das guias. Quanto aos Diamante, não sei se irei ter a sorte de os reproduzir e fico a pensar como farão os viveiros para obter novas plantas...

Pode ser que no final da estação se decidam...

Morangueiros Diamante

Morangueiros Albion com guias reprodutoras

09/07/2013

Tomilho vulgar (Thymus vulgaris)

O tomilho vulgar  (Thymus vulgaris) da família Lamiaceae, a mesma do tomilho-limão, da hortelã, dos orégãos, do alecrim, etc.
Pertencente à vegetação típica mediterrânica, forma um pequeno arbusto, semi-lenhoso, com um aroma inconfundível.
Gosta de solos bem drenados e exposição ao sol ou meia sombra.
As suas pequenas folhas são amplamente usadas pelas suas propriedades anti-sépticas, em culinária e como aromatizante.
No início do Verão floresce com pequenas flores branco arroxeado, atraindo as abelhas.
Existem numerosos cultivares e híbridos, com diferentes cores de folhas e aromas.

Comprei este exemplar no início de Maio, cresceu um pouco depois de mudado para o canteiro das aromáticas e no final de Junho ficou cheio de flôr.

Tomilho vulgar (Thymus vulgaris) variedade "Deutscher Winter"

Tomilho vulgar (Thymus vulgaris) variedade "Deutscher Winter" em flôr




08/07/2013

Favas para semente

Vagens secas de favas ainda nas plantas 




A meio de Junho, as favas já estavam com aspecto seco, para poderem ser apanhadas e colocadas mais algum tempo no exterior. 

Deixando-as chegar a este ponto, garantimos que a fava se desenvolveu até ao final da maturação, adquirindo todas as propriedades que permitirão obter uma germinação de 100% e plantas saudáveis quando forem semeadas. 

Vagens secas de favas ainda nas plantas 
Favas a secar no exterior



A desidratação das favas com a secagem no exterior quando o tempo o permite, faz com que se mantenham   em boas condições até à altura de semear, sem apanharem bolores, nem apodrecerem.










Ao fim de alguns dias de secagem no exterior, descascam-se e habitualmente guardo-as em frascos de vidro com tampa, para não entrarem gorgulhos.
Depois disto, segue-se um tratamento "de choque" anti-gorgulho, que não altera o poder germinativo pois estão bem secas: passarem 24 horas na arca frigorífica.

Finalmente, depois da colocação de uma etiqueta com o ano de colheita, estão prontas para semear!


01/07/2013

Cerefólio (Anthriscus cerefolium)

A primeira vez que semeei cerefólio, não se desenvolveu muito e não voltei a repetir. Este ano, como o tempo estava mais fresco, tentei de novo. Nasceu muito bem e está-se a desenvolver.
O cerefólio (Anthriscus cerefolium) é da família Apiacea a mesma da salsa, da cenoura e dos coentros. É uma planta anual que pode atingir 40-70 cm de altura e exala um aroma muito agradável. É originária da zona mediterrânica e foi difundida pelos romanos.

Muito usada da culinária francesa, deve-se consumir preferencialmente fresco, para manter todo o aroma. Pode-se usar como se fosse salsa. As sementes com aroma a anis, também podem ser consumidas e são utilizadas nos mesmos pratos que as sementes de coentros.

Deve ser cultivado em meia sombra, em terrenos férteis e regado com regularidade. Devem-se colher as folhas mais externas, para estimular o crescimento de mais folhas.
Tem ainda uma mais valia na horta: afugenta lesmas e caracóis.


Cerefólio (Anthriscus cerefolium)

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